Rua Cristiano Viana, 401 - CJ 404 | 4º Andar, Pinheiros
São Paulo/SP | CEP 05.411-000
O que toda mulher precisa saber sobre a síndrome do ovário policístico (SOP)? A síndrome do ovário policístico é uma das condições clínicas mais comuns dentre as disfunções endocrinológicas e metabólicas nas mulheres pré-menopausa, afetando entre 5 a 20% das mulheres em idade reprodutiva.
É caracterizada pela presença de hiperandrogenismo (excesso dos hormônios sexuais masculinos) com diferentes graus de manifestação clínica.
Além disso, pode gerar a anovulação crônica (ciclos menstruais sem ovulação).
Diversos podem ser os fatores desencadeantes da SOP, por exemplo:
Dentre os mecanismos endócrinos envolvidos na causa da SOP, temos a alteração no padrão de secreção das gonadotrofinas.
No geral, a paciente com a SOP tem um aumento da secreção do hormônio luteinizante (LH), produzido pela hipófise.
Então, esta secreção aumentada de LH estimula os ovários a produzir maiores quantidades de andrógenos, predominantemente testosterona, um dos principais hormônios responsáveis pelos sintomas da SOP.
Além disso, frequentemente encontramos um padrão de resistência insulínica e níveis elevados de insulina em pacientes com SOP, independente da presença ou não de obesidade.
O aumento da insulina tem efeito direto nos ovários, estimulando a produção de andrógenos.
Ademais, a insulina diminui a produção da proteína carreadora de androgênios (SHBG) pelo fígado, o que aumenta a concentração de testosterona livre (fração ativa da testosterona) e leva a um maior estímulo dos receptores de andrógenos do nosso organismo.
Podemos citar como principais sintomas da SOP:
Devido à ausência da ovulação, a camada interna do útero (endométrio) não se desprende por completo e continua a crescer progressivamente.
Então, o endométrio pode desprender-se irregularmente, o que resulta em sangramentos intensos e/ou prolongados ou atrasos menstruais.
Essa irregularidade menstrual pode levar ao aumento excessivo do endométrio (chamado de hiperplasia endometrial) ou mesmo de câncer de endométrio.
Inclusive, uma mulher com SOP tem um risco de 2 a 3 vezes maior de desenvolver este câncer em comparação à paciente sem SOP.
O excesso de pelos grossos e pigmentados no corpo (hirsutismo) está presente em 70 a 80% das mulheres com SOP. Esses pêlos podem aparecer em locais, como por exemplo, a face, queixo, pescoço, abdômen, parte interna das coxas e seios.
Além disso, outras manifestações clínicas comuns do excesso de andrógenos na SOP são a pele oleosa, acne e queda de cabelos no couro cabeludo.
Ganho de peso e obesidade
Cerca da metade das pacientes com SOP podem ter um ganho gradual de peso e obesidade.
Mulheres com SOP geralmente não ovulam regularmente e isso dificulta a taxa de sucesso para a gestação.
A apneia do sono caracteriza-se por roncos fortes e interrupções temporárias na entrada de oxigênio para os pulmões durante o sono e ocorre em até 50% das pacientes com SOP.
Pacientes com essa condição, além da sensação de sono não reparador, apresentam maior risco para resistência insulínica, obesidade, doenças cardiovasculares, infarto, arritmias e AVC.
Além disso, outros sintomas possíveis da SOP são: depressão, ansiedade, disfunção sexual, bulimia e compulsão alimentar.
Realizamos o diagnóstico da SOP baseado nos sintomas que a paciente relata, bem como nos exames de sangue, ultrassom dos ovários e no exame físico.
Para o diagnóstico de SOP a mulher deve apresentar dois de três das seguintes alterações abaixo:
Além disso, não devemos identificar outras causas de elevação dos andrógenos ou da irregularidade menstrual.
O critério ultrassonográfico não é obrigatório para o diagnóstico, já que 7% a 20% das mulheres com SOP podem ter USG de ovários normal. Por isso, devemos avaliar esse achado em conjunto com os outros sinais e sintomas.
Podemos citar como principais opções para o controle dos sintomas da SOP:
Os anticoncepcionais orais são o tratamento mais comumente usado para regularizar os períodos menstruais, controlar o excesso de pelos e acne.
Além disso, eles trazem proteção contra a hiperplasia e o câncer do endométrio.
O DIU Mirena, além de ser um método contraceptivo, ajuda a controlar o sangramento menstrual e protege contra o câncer de endométrio.
No entanto, ele não é eficaz para o controle da acne ou excessos de pelos.
A progesterona isoladamente é um método eficaz para tratar a irregularidade menstrual e pode ser uma opção para mulheres que não podem usar anticoncepcionais com estrogênio e não desejam usar o DIU.
O seu uso reduz o risco de câncer de endométrio e regulariza o fluxo menstrual, mas não é eficaz para o controle da acne ou excessos de pelos e não evita a gravidez.
Este medicamento melhora a eficácia da insulina produzida pelo nosso pâncreas, reduzindo a resistência insulínica com na SOP.
Geralmente, reservamos seu uso para mulheres com SOP associado a diabetes tipo 2, pré-diabetes ou como auxiliar no tratamento de infertilidade, favorecendo a ovulação.
Usamos a espironolactona para controle do hirsutismo, oleosidade da pele, queda de cabelos e acne.
No entanto, como a espironolactona e seus metabólitos podem causar danos ao feto, não indicamos seu uso na ausência da adoção de um método contraceptivo eficaz.
A perda de 5 a 10% do peso já traz grande mudança metabólica para pacientes com sobrepeso ou obesidade.
Por exemplo, ela pode ter a melhora da resistência insulínica, queda da testosterona livre, aumento da produção da proteína carreadora de androgênios (SHBG) pelo fígado e consequente melhora do hiperandrogenismo.
A prática de 150 a 300 minutos de atividade física semanal traz melhora significativa da resistência insulínica e, consequentemente, ameniza os sintomas da SOP.
Pacientes com excesso de pelos podem associar ao tratamento medicamentoso a depilação a laser.
Para controle da acne, podemos associar o uso do creme à base de retinóides ou antibióticos.
Para mulheres com desejo de gestação que não conseguiram engravidar de forma espontânea após mudanças do estilo de vida, é possível induzir a ovulação com medicações.
Além disso, em casos selecionados, pode ser necessário adotar técnicas de reprodução assistida.
Como vimos, a síndrome do ovário policístico pode interferir significativamente na saúde e bem-estar da mulher.
No entanto, com o devido tratamento a paciente poderá ter uma vida com muito mais qualidade.
Então, não deixe de agendar uma consulta com endocrinologista!
A Clínica Dr. Eduardo Henrique – Endocrinologia e Nutrição é um espaço voltado para a Saúde Integral. Nossa clínica recebe o nome do seu idealizador, médico Endocrinologista, que preza por uma abordagem acolhedora, integrada e personalizada.
Somos especializados no tratamento e prevenção de doenças endócrinas, com foco em tireóide e em emagrecimento. Contamos com uma equipe multidisciplinar especializada, composta por endocrinologistas e nutricionistas.
Como complemento aos atendimentos clínicos, realizamos os exames destinados ao diagnóstico das alterações tireoidianas e avaliação da composição corporal.
Dispomos dos exames e procedimentos médicos de Ultrassonografia da tireóide com Doppler, PAAF, citologia, alcoolização de cistos e nódulos da tireoide e bioimpedância (Inbody 270).
Além disso, atendemos aqueles que buscam um check-up médico completo com objetivo de trazer a sua melhor versão.
Renato F. Faustino, via Google
O Médico mais atencioso, humano e assertivo que já conheci. Após meu pai passar por diferentes médicos, foi o Eduardo que encontrou o problema que meu pai apresentava. Deu suporte e foi sensacional na condução do diagnóstico e no suporte ao tratamento. Com certeza precisamos de mais Eduardos na medicina para que as pessoas sejam bem mais cuidadas...
Graziele de Farias, via Google
Bom, eu desde criança possuo um problema com a minha tireoide, tive péssimas experiências anteriores com outros médicos por consulta presencial e nenhum deles cogitou a possibilidade de ter alho a mais que fosse investigado que fosse associado as minhas alterações na glândula da tireoide, sempre suspeitei que havia alguma explicação e que nenhum médico que consultei fez...
André Rezende, via Google
A minha experiência com o Dr. Eduardo foi excelente, a melhor possível! Eu e a minha esposa, após alguns exames de rotina, precisamos de um endocrinologista para uma consulta. Após uma pesquisa aprofundada, optei por passar em consulta com o Dr. Eduardo, pois acreditava que ele tinha exatamente as qualidades que procurávamos...
Cristina Lousada, via Google
Meu filho e eu fizemos uma consulta com Dr. Eduardo e ele foi realmente maravilhoso, tranquilo, não tem pressa no atendimento, explica com detalhes. Mostrou-se muito humano e competente. Nossa consulta foi por vídeo chamada e teve a mesma ou até mais qualidade se tivesse sido presencial...
Meu time de atendimento ficará responsável pelo retorno da sua mensagem!
Obrigado pelo contato. Em breve retornaremos para você!
Ops! Algo deu errado. Verifique os campos e envie novamente!
CLÍNICA DR. EDUARDO HENRIQUE
Acreditamos na atualização constante dos conhecimentos, bem como em um atendimento médico humanizado e individualizado para cada paciente, com tempo para ouvir, esclarecer as dúvidas e compartilhar as possibilidades de tratamento.
EQUIPE
Dra. Áurea Magalhães
ENDOCRINOLOGIA
TIREOIDE
NUTRIÇÃO
UNIDADE PINHEIROS
Rua Cristiano Viana, 401 - CJ 404
4º Andar, Pinheiros
São Paulo/SP
CEP 05.411-000
Clínica Dr Eduardo Henrique Endocrinologia e Nutrição
24.345.680/0001-43
Rua Cristiano Viana, 401 - CJ 404
4º Andar, Cerqueira Cesar
São Paulo/SP
CEP 05.411-000
Telefone Comercial: (11) 93344-5459
RT Dr. Eduardo Henrique Rodrigues Ferreira CRMSP 171319 RQE 78976 | Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.