Tudo o que Você Precisa Saber Sobre o Tratamento com Tapazol® (Metimazol) para Hipertireoidismo

5 de setembro de 2024

O Tapazol (metimazol) é o medicamento mais utilizado no tratamento do hipertireoidismo, uma condição caracterizada pelo excesso de hormônios tireoidianos no organismo.

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Neste guia vamos esclarecer as principais dúvidas sobre o uso do Tapazol, abordando desde como ele funciona até os possíveis efeitos colaterais e cuidados necessários durante o tratamento.


Assim, se você ou alguém que você conhece está lidando com hipertireoidismo, continue lendo para obter informações essenciais que ajudarão a entender melhor esse importante tratamento.

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O que é Tapazol? 



Tapazol® é o nome comercial do Metimazol (também conhecido como Tiamazol), o principal medicamento utilizado no tratamento do hipertireoidismo.


Produzido pela farmacêutica Biolab, o Tapazol está disponível em caixas contendo 50 ou 100 comprimidos, nas dosagens de 5 mg e 10 mg.

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Como Tapazol age na tireoide?



O Tapazol® (tiamazol) funciona inibindo a produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4). 


No entanto, o Tapazol não inativa a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3) que já estão armazenadas na tireoide ou circulando no sangue.


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Qual é o melhor horário para tomar esse medicamento?


O Tapazol pode ser tomado em jejum ou durante as refeições, por via oral. 


Pode-se administrá-lo em dose única diária ou dividido em três doses iguais, em intervalos de aproximadamente 8 horas, conforme a dose estipulada pelo especialista.

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O importante é tomar o medicamento aproximadamente no mesmo horário todos os dias e escolher um momento que seja fácil para você lembrar de tomá-lo.



Quanto tempo o Tapazol começa a fazer efeito?


O Tapazol não reduz os níveis dos hormônios tireoidianos no sangue de imediato, pois ele age inibindo a síntese desses hormônios. 


No entanto, mesmo com a redução na produção, os folículos da tireoide ainda contêm uma quantidade significativa de T3 e T4 armazenados, que leva alguns dias para se esgotar.


Geralmente, após uma semana do início do tratamento com Tapazol, os níveis de hormônios tireoidianos começam a diminuir de forma significativa. 


Após 1 a 2 meses de tratamento, a maioria dos pacientes apresenta normalização dos níveis de T3 e T4 no sangue.



Os níveis de TSH, no entanto, frequentemente permanecem suprimidos por vários meses e, portanto, não são um bom parâmetro para avaliar a resposta precoce ao tratamento com Tapazol.



Qual o genérico do Tapazol?


Tapazol® é o nome comercial do Metimazol. 


No Brasil, atualmente não há versões genéricas disponíveis deste medicamento, sendo o Metimazol (Princípio ativo do Tapazol®) produzido exclusivamente pelo laboratório Biolab.


Qual o remédio que pode substituir o Tapazol?


O Tapazol faz parte de uma classe de medicamentos conhecidos como tionamidas. 


No Brasil, existem apenas duas opções dessa classe: Tapazol® (Metimazol) e Propilracil® (Propiltiouracila), ambos produzidos pelo laboratório Biolab.



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Embora pertençam à mesma família, essas duas medicações possuem indicações, efeitos colaterais e eficácias diferentes.

Portanto, a substituição de um pelo outro deve ser realizada somente sob orientação médica.


Como saber se esse medicamento está fazendo efeito?


A forma mais objetiva para saber se o Tapazol está fazendo efeito é com o monitoramento da função tireoidiana.


Para isso, devemos apurar a dosagem no sangue dos níveis de T4L e T3 total, o que geralmente é realizado após aproximadamente quatro a seis semanas do início do tratamento.


O nível de TSH pode permanecer supresso durante os primeiros meses do tratamento com tapazol, mesmo com a normalização dos hormônios tireoidianos. 


Portanto, o TSH pode não ser um bom indicador imediato da eficácia do tratamento.


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Qual o melhor Tapazol® ou Propiltiouracil®?


O Tapazol® (Metimazol) é geralmente a primeira escolha para o tratamento do
hipertireoidismo, devido ao seu menor risco de toxicidade em comparação com o Propilracil® (Propiltiouracila), especialmente em relação à hepatotoxicidade.


O Tapazol também proporciona um controle mais rápido do hipertireoidismo e tem menor probabilidade de estar associado à falha da terapia com radioiodo quando usado para normalizar a função tireoidiana antes desse tipo de tratamento.


Além disso, a possibilidade de administração em dose única diária facilita a adesão ao tratamento, enquanto o Propilracil® precisa ser ingerido a cada 8 ou 12 horas.


No entanto, o Propilracil® (Propiltiouracila) é preferido em certas situações específicas, como durante o primeiro trimestre de gravidez, para o tratamento de crise tireotóxica e em pacientes com reações adversas não graves ao Metimazol, que não desejam tratamento definitivo com radioiodo ou tireoidectomia.


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Qual a diferença do Metimazol para o Tapazol?



Metimazol e Tapazol® são a mesma medicação; Metimazol é o nome do princípio ativo, enquanto Tapazol® é o nome comercial.


No Brasil, o Metimazol é comercializado exclusivamente como Tapazol®, produzido pela farmacêutica Biolab. 


Em outros países, o Metimazol pode ser encontrado sob diferentes nomes comerciais, como Danantizol®, Thyrozol®, Favistan®, Tirodril®, Metibasol® e Tapazole®.



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Pode tomar Tapazol depois de comer?



Sim, Tapazol pode ser tomado após as refeições, pois sua absorção não é afetada pelos alimentos. 


Diferente da levotiroxina, usada no tratamento do
hipotireoidismo, que precisa ser tomada com pelo menos 30 minutos de jejum para uma absorção adequada, o Tapazol pode ser administrado em qualquer horário do dia, com ou sem alimentos.



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Qual a diferença entre Levotiroxina e Tapazol?


A levotiroxina é o principal tratamento para o hipotireoidismo (falta de hormônio tireoidiano), enquanto o Tapazol é o principal medicamento para o controle do hipertireoidismo(excesso de hormônio tireoidiano).


A levotiroxina é um hormônio sintético, equivalente ao T4, usado para repor a falta de hormônios tireoidianos no organismo.

Por outro lado, o Tapazol é uma medicação que inibe a síntese dos dois principais hormônios tireoidianos, o T3 e o T4, tratando condições opostas.

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Quem toma Tapazol pode tomar anticoncepcional?



Sim, o Tapazol não interfere na eficácia dos anticoncepcionais.


Entretanto, é importante que mulheres em tratamento com Tapazol usem um método contraceptivo eficaz, pois há associação de defeitos congênitos com o uso do Tapazol durante a gravidez.




Quem está grávida pode tomar Tapazol?


O uso de Tapazol geralmente é evitado durante o primeiro trimestre da gravidez, pois este é o período em que o feto está formando os principais órgãos.


Embora raro, o uso de Tapazol nesta fase aumenta o risco de defeitos congênitos, como aplasia cutis (formação incompleta da pele no couro cabeludo), atresia esofágica (estreitamento do esôfago), fístula traqueoesofágica e anomalias faciais.


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Em casos de hipertireoidismo leve, especialmente aqueles em dose baixa de Tapazol e com níveis baixos de TRAB, deve-se considerar a possibilidade de manter a gestante sem medicação durante o primeiro trimestre.


Quando a medicação é necessária, é recomendado que, no planejamento pré-concepção ou ao descobrir a gravidez no primeiro trimestre, o Tapazol seja substituído pelo Propilracil® (Propiltiouracila), devido à sua menor associação com defeitos congênitos graves.


Após o primeiro trimestre, se for necessário iniciar ou continuar o tratamento medicamentoso, o Tapazol é a primeira escolha, pois nessa fase não há risco teratogênico significativo.


Quem está amamentando pode tomar Tapazol?


Sim, quem está amamentando pode tomar Tapazol® (Metimazol).


Apenas pequenas quantidades de Tapazol® estão presentes no leite materno, e doses baixas do medicamento (menos de 20 mg ao dia) são consideradas seguras para a mãe e a criança.


Em um estudo com 139 mães que tomaram até 20 mg de Tapazol® diariamente, a função tireoidiana, o crescimento e o desenvolvimento dos bebês amamentados foram normais.



Recomenda-se utilizar a menor dose eficaz possível, sendo que doses de Tapazol® ≤20 mg/dia são preconizadas sempre que possível para pacientes que estão amamentando.


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Bebês expostos a medicamentos antitireoidianos via leite materno devem ser monitorados quanto ao crescimento e desenvolvimento adequados. 


Tomar a dose de Tapazol® logo após a amamentação pode ajudar a minimizar a exposição potencial do bebê.


Dessa forma, reforçamos que é fundamental seguir a orientação do médico que está acompanhando a paciente para garantir a segurança de mãe e bebê.



Tapazol engorda?



O uso de Tapazol não causa ganho de peso diretamente.


No entanto, esta medicação é usada para tratar o excesso de hormônios tireoidianos no organismo, uma condição que frequentemente leva à perda de peso não saudável devido ao aumento do metabolismo.


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Após a normalização do hipertireoidismo com o Tapazol, o metabolismo retorna ao seu estado normal, resultando em uma tendência de retorno ao peso habitual, ou seja, ao peso que você tinha antes de desenvolver a doença.


Precisa de receita para comprar Tapazol?


Sim, Tapazol é uma medicação de tarja vermelha, vendida sob prescrição médica.


Ele requer uma receita branca simples, que pode ser emitida em apenas uma via, pois não é necessário que a segunda via fique retida na farmácia.

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Nunca faça uso de automedicação com Tapazol, pois o uso inadequado desta medicação pode trazer consequências extremamente graves para sua saúde.


Sempre consulte um médico antes de iniciar o tratamento.


Pode tomar esse medicamento por quanto tempo?


Para o tratamento da doença de Graves, o Tapazol é geralmente utilizado por um período inicial de 12 a 18 meses. 


A interrupção precoce do medicamento aumenta a chance de recidiva do
hipertireoidismo.


Após esse período, cerca de 50% dos pacientes entram em remissão do hipertireoidismo.


Para os pacientes que continuam apresentando hipertireoidismo após os 12 a 18 meses iniciais de tratamento, a probabilidade de remissão espontânea é baixa, especialmente em casos de
bócio volumoso, níveis elevados de TRAB, tabagismo ou oftalmopatia grave.



Se o paciente optar por não realizar o tratamento definitivo com radioiodo ou cirurgia, é seguro manter o Tapazol a longo prazo, desde que o hipertireoidismo esteja bem controlado.


Estudos de acompanhamento demonstram que o uso do Tapazol por mais de 10 anos no tratamento da
doença de Graves é eficaz e seguro.


Para o tratamento de bócio multinodular tóxico ou bócio uninodular tóxico, o uso contínuo do medicamento é geralmente necessário, pois o hipertireoidismo nessas condições raramente entra em remissão sem um tratamento definitivo com radioiodo ou
tireoidectomia.



Quem toma Tapazol tem qual tipo de tireoide?



Quem faz tratamento com Tapazol® tem hipertireoidismo, uma condição caracterizada pela produção excessiva de hormônios tireoidianos.


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Esta condição frequentemente apresenta sintomas associados a um metabolismo acelerado, como perda de peso inesperada, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares, sudorese, sensação de calor excessivo, irritabilidade, insônia, intestino solto, fraqueza muscular, queda de cabelo e exoftalmia ( proptose ocular) em caso de doença de Graves.


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Tapazol é hormônio?


Não, Tapazol não é um hormônio.


É um medicamento que inibe a produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4).


Assim sendo, utilizamos o medicamento no tratamento do
hipertireoidismo, uma condição que causa a produção excessiva desses hormônios.


Como iniciar o tratamento com Tapazol?


No início da terapia com Tapazol® (Metimazol), as doses diárias geralmente variam entre 10 a 30 mg para restaurar o estado eutireoidiano. 


Após o controle do
hipertireoidismo, a maioria dos pacientes mantém uma dose de 5 a 10 mg diários.

Devemos ajustar a dose de Tapazol® conforme o grau de hipertireoidismo.


Uma dose muito baixa pode não ser eficaz em casos graves, enquanto uma dose excessiva pode causar
hipotireoidismo iatrogênico em casos mais leves.


Além disso, doses mais altas de Tapazol® estão associadas a uma maior frequência de reações adversas.




Portanto, é essencial utilizar uma dose que normalize a função tireoidiana de forma rápida e minimizando os efeitos adversos.


A American Thyroid Association (ATA) sugere o seguinte guia geral para a dosagem inicial diária de Tapazol®:


- 5 a 10 mg se o T4 livre for 1 a 1,5 vezes o limite superior do normal;

- 10 a 20 mg se o T4 livre for 1,5 a 2 vezes o limite superior do normal;

- 30 a 40 mg se o T4 livre for 2 a 3 vezes o limite superior do normal.


Devemos personalizar essas diretrizes para cada paciente, levando em consideração sintomas, tamanho da glândula, e níveis totais de T3 e TRAB.


Siga sempre as recomendações do seu médico e realize exames de controle regularmente para garantir um tratamento seguro e eficaz.


Tapazol faz mal ao fígado?


Embora o tapazol seja considerado seguro e seja a primeira escolha de tratamento medicamentoso para a maioria dos casos de hipertireoidismo, existe uma associação entre o uso de Tapazol e lesões hepáticas.


Essas lesões são geralmente raras e podem se manifestar como elevações transitórias das enzimas hepáticas ou, em casos mais raros, como hepatite colestática, que é uma forma de inflamação do fígado.


As elevações das enzimas hepáticas, que indicam algum grau de lesão ao fígado, costumam ocorrer nos primeiros três meses de tratamento e, na maioria dos casos, são assintomáticas e resolvem-se por conta própria, sem necessidade de interromper o tratamento.



No entanto, em casos raros, pode ocorrer uma lesão hepática mais significativa, que normalmente se apresenta dentro de 2 a 12 semanas após o início do tratamento com Tapazol.



Se você estiver usando Tapazol e notar qualquer sinal de lesão hepática, como icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura, fadiga extrema ou dor abdominal, é essencial procurar um médico imediatamente.



Na maioria dos casos de lesão hepática, a suspensão do medicamento leva à recuperação completa do paciente em poucas semanas.


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Portanto, embora o Tapazol possa, em casos raros, causar lesão hepática, os benefícios do tratamento geralmente superam os riscos, especialmente quando monitorado de perto por um médico.


Se você tem preocupações sobre o uso de Tapazol e a saúde do seu fígado, converse com seu endocrinologista, que pode oferecer a melhor orientação para o seu caso específico.


Tapazol baixa a imunidade?


O Tapazol (metimazol), usado no tratamento do
hipertireoidismo, pode, em raros casos, causar uma condição chamada agranulocitose.


Trata-se da redução significativa de granulócitos, um tipo de célula branca do sangue essencial para combater infecções.



A agranulocitose é uma das complicações mais graves associadas ao uso de medicamentos antitireoidianos, incluindo o Tapazol, e ocorre em aproximadamente 0,35% dos pacientes que utilizam o medicamento.


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A agranulocitose reduz drasticamente a capacidade do corpo de combater infecções, o que pode ser considerado uma forma de "baixa imunidade".


Esse efeito colateral geralmente se manifesta nos primeiros 90 dias de tratamento, mas pode ocorrer até mesmo após um ano ou mais de uso do medicamento.


Os sintomas mais comuns da agranulocitose incluem febre e dor de garganta, que podem indicar uma infecção séria.


Caso você esteja utilizando Tapazol e apresente esses sintomas, é crucial interromper o uso do medicamento imediatamente e procurar atendimento médico.



A agranulocitose é uma emergência médica e requer tratamento rápido, incluindo a suspensão do medicamento e, em alguns casos, a administração de fatores de crescimento para estimular a produção de células brancas.



Embora o Tapazol possa causar essa condição grave, ela é extremamente rara.


A maioria das pessoas que utilizam Tapazol não experimenta uma queda significativa na imunidade.


No entanto, é importante estar ciente dos sintomas e monitorar sua saúde de perto durante o tratamento.


Se tiver dúvidas ou preocupações sobre o uso do Tapazol e seus efeitos sobre a imunidade, consulte seu endocrinologista para orientação personalizada.


Tapazol causa queda de cabelo?


Sim, o Tapazol (metimazol) pode causar queda de cabelo (alopecia) como um efeito colateral, embora isso seja relativamente raro.


A perda de cabelo também pode ser um sintoma do próprio
hipertireoidismo, a condição para a qual o Tapazol é frequentemente prescrito.


Portanto, é importante considerar que tanto o medicamento quanto a doença subjacente podem contribuir para o problema.


Se você estiver tomando Tapazol e notar queda de cabelo, é aconselhável conversar com seu médico.


Ele poderá avaliar se a alopecia está relacionada ao uso do medicamento, ao desequilíbrio hormonal causado pelo
hipertireoidismo ou a outra causa, e pode ajustar o tratamento conforme necessário.



Tapazol causa coceira?



Sim, o Tapazol (metimazol), que é amplamente utilizado no tratamento do hipertireoidismo, pode causar coceira em alguns pacientes.


A coceira é geralmente associada a reações cutâneas menores, como urticária ou erupções maculares, que são relativamente comuns.


Estima-se que essas reações cutâneas ocorram em cerca de 5% dos pacientes que utilizam Tapazol ou outros medicamentos antitireoidianos.



Essas reações cutâneas e a coceira geralmente são consideradas efeitos colaterais menores e, em muitos casos, podem ser gerenciadas sem a necessidade de interromper o tratamento.


O uso de um anti-histamínico, por exemplo, pode ajudar a aliviar a coceira enquanto o paciente continua a tomar o Tapazol.


No entanto, se a coceira persistir ou se for acompanhada de outros sintomas, é importante consultar o médico.


Em alguns casos, pode ser necessário ajustar a dose, trocar para outro medicamento anti tireoidiano ou considerar outras formas de tratamento para o hipertireoidismo, como a terapia com iodo radioativo.


Se você estiver tomando Tapazol e desenvolver coceira ou outras reações na pele, entre em contato com seu endocrinologista para discutir a melhor forma de proceder.


Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Tapazol?

O Tapazol (metimazol) é um medicamento anti tireoidiano amplamente utilizado no tratamento do hipertireoidismo, especialmente na doença de Graves.



Embora seja eficaz, ele pode causar uma variedade de efeitos colaterais, que podemos dividir em comuns (geralmente leves) e raros (mas potencialmente graves).



Efeitos Colaterais Comuns


Reações Cutâneas:


Até 5% dos pacientes podem experimentar erupções cutâneas, coceira, urticária e erupções maculares.



Essas reações são geralmente leves e podem ser tratadas com anti-histamínicos sem a necessidade de interromper o tratamento.


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Sintomas Gastrointestinais:


Náusea, vômito e alterações no paladar são relativamente comuns, especialmente em doses mais altas.


Artralgia e Artrite:


Dores articulares também podem ocorrer.


Hipotireoidismo:


O tapazol inibe a produção excessiva de hormônios da tireoide (T3 e T4).


Entretanto, se a dosagem do tapazol não for cuidadosamente ajustada, ele pode suprimir a função tireoidiana de forma excessiva, levando ao
hipotireoidismo.


Por isso, é fundamental monitorar regularmente os níveis séricos de T3 e T4 em pacientes que utilizam tapazol.


Com esse monitoramento, podemos ajustar a dosagem do medicamento conforme necessário, garantindo que o paciente mantenha um estado eutireoidiano, ou seja, com níveis de hormônios tireoidianos dentro da faixa normal.


Este ajuste é importante para evitar tanto o
hipertireoidismo residual quanto o desenvolvimento de hipotireoidismo induzido pelo tratamento.



Efeitos Colaterais Raros, mas graves


Agranulocitose:


Uma das complicações mais sérias, a agranulocitose é uma redução acentuada de granulócitos, um tipo de célula branca do sangue essencial para combater infecções.


Esta condição é rara, ocorrendo em aproximadamente 0,35% dos pacientes, e geralmente se manifesta nos primeiros três meses de tratamento.


Sintomas incluem febre, dor de garganta e sinais de infecção severa.


Se ocorrerem, deve-se interromper o uso do Tapazol imediatamente.


Hepatotoxicidade:


Embora raro, o Tapazol pode causar lesões hepáticas, geralmente manifestadas como hepatite colestática. 


Pacientes que desenvolvem sintomas como icterícia, urina escura, dor abdominal ou náusea devem interromper o uso do medicamento e buscar atendimento médico.


Vasculite:



Outra complicação rara é a vasculite, que pode causar inflamação dos vasos sanguíneos, resultando em sintomas como dor nas articulações, úlceras na pele e comprometimento renal.


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Considerações Importantes


É importante que os pacientes com hipertireoidismo em tratamento com tapazol estejam cientes desses possíveis efeitos colaterais e informem seus médicos imediatamente se notarem sintomas como febre, dor de garganta, sinais de infecção, icterícia ou dor abdominal.


A maioria dos efeitos colaterais graves requer a interrupção imediata do medicamento e, em alguns casos, tratamentos adicionais.


Por isso, o acompanhamento médico regular é fundamental durante o tratamento com o Tapazol.


Se você tem dúvidas sobre o tratamento com Tapazol ou precisa de um acompanhamento especializado para o seu caso de
hipertireoidismo, não hesite em agendar uma consulta com a equipe de endocrinologistas da Clínica Dr. Eduardo Henrique.


Estamos prontos para oferecer o cuidado personalizado e o suporte que você precisa. Entre em contato conosco e marque sua consulta hoje mesmo!


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