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Neste artigo, iremos explicar sobre os detalhes sobre este importante exame na avaliação da tireoide.
Acompanhe!
O Anticorpos Antiperoxidase (Anti-TPO), também chamado de Anticorpo Antimicrossomal, é produzido pelo sistema imune.
Ele tem como alvo a peroxidase tireoidiana (TPO), uma enzima nas células tireoidianas, essencial para a síntese dos hormônios tireoidianos T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).
O exame anti-TPO é dosado no sangue e, quando acima do valor de referência, frequentemente, indica doença auto-imune de tireoide (DAT), como a tireoidite de Hashimoto ou doença de Graves.
A dosagem no sangue de Anti-TPO é usada, principalmente, para o diagnóstico e seguimento no tratamento da tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune da tireoide, frequentemente associada ao hipotireoidismo (redução dos hormônios tireoidianos).
Desse modo, a presença de Anti-TPO elevado no sangue é o melhor exame para o diagnóstico de tireoidite de Hashimoto.
O valor normal do Anti-TPO irá depender do ensaio laboratorial usado para análise, e poderá variar desde valores inferiores a 5,61 U/mL até 60 U/mL.
Dessa forma, para saber se os seus exames de Anti-TPO estão normais, você deve analisar o valor de referência.
Assim, consideramos o exame normal quando o índice está abaixo do valor de referência máximo.
A presença de Anticorpo Anti Tireoperoxidase (Anti-TPO) em níveis acima do valor de referência, na maioria das situações, é um indicativo para doenças autoimunes da tireoide, como por exemplo, a
tireoidite de Hashimoto ou
doença de Graves.
A principal causa de Anti-TPO alto é a tireoidite de Hashimoto, na qual 90-95% dos casos é acompanhado por níveis de Anti-TPO acima do valor de referência.
A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune da tireoide, sendo a principal causa de hipotireoidismo.
Entretanto, apenas cerca de 30% dos pacientes com Anti-TPO positivo por tireoidite de Hashimoto apresentam alteração da função tireoidiana.
Nestes casos, a complementação com a dosagem de outros anticorpos tireoidianos, como o anticorpo anti tireoglobulina (Anti-Tg), e a realização da
ultrassonografia da tireoide com Doppler são fundamentais para estabelecer o diagnóstico de tireoidite de Hashimoto.
O Anti-TPO também está presente em cerca de 80% dos pacientes com doença de Graves, uma doença autoimune da tireoide associada com a presença de hipertireoidismo.
Nesse caso, o resultado frequentemente é associado com a presença anticorpo anti-receptor de TSH (TRAB) elevado e alterações típicas na
ultrassonografia da tireoide com Doppler.
O Anti-TPO também pode ser encontrado em títulos elevados na tireoidite pós-parto e associado com outras doenças autoimunes, como artrite reumatoide, diabetes tipo I e vitiligo.
Além disso, pode estar presente em familiares de pacientes com doenças autoimunes da tireoide e até mesmo em pacientes sem qualquer doença.
Portanto, se você apresenta uma elevação dos níveis de Anti-TPO, agende uma consulta com o endocrinologista para avaliar a causa e a necessidade de tratamento.
O Anti-TPO não é um exame utilizado para o diagnóstico e acompanhamento do câncer de tireoide.
Para pacientes com histórico de câncer de tireoide, utilizamos a dosagem sanguínea de tireoglobulina no seguimento dos casos de carcinoma papilífero ou folicular da tireoide.
Já para os casos de carcinoma medular da tireoide, utilizamos a dosagem sérica de calcitonina, antígeno carcinoembrionário (CEA) e CA 19-9.
Os sintomas da elevação do anti-TPO estão associados à doença da tireoide subjacente.
Nas elevações de anti-TPO associado à tireoidite de Hashimoto com hipotireoidismo os seguintes sintomas são comuns:
Já em pacientes com anti-TPO associado à doença de Graves com hipertireoidismo os seguintes sintomas são frequentes:
No entanto, é importante ressaltar que, mesmo em casos com elevações significativas do Anti-TPO, o paciente pode ser assintomático, principalmente nos casos em que a função tireoidiana é normal.
Neste caso, procure o endocrinologista especializado em doenças da tireoide para avaliar a causa.
Para o diagnóstico correto, possivelmente, será necessário a complementação de exames para analisar a função tireoidiana, como o TSH, T3 e T4, a dosagem e outros anticorpos tireoidianos, como o anticorpo anti-receptor de TSH (TRAB) e o anticorpo anti tireoglobulina (Anti-Tg).
Ademais, exames de imagem, como a ultrassonografia da tireoide com Doppler, também são de grande valia para o diagnóstico diferencial entre as causas de elevação do Anti-TPO.
O primeiro passo ao encontrarmos um exame de Anti-TPO elevado é determinarmos como está a produção de hormônios tireoidianos.
Caso você esteja com hipotireoidismo sintomático ou com níveis significativamente elevados de TSH, o início do tratamento com hormônio tireoidiano torna-se necessário.
Em casos hipertireoidismo, o uso de medicações para controlar a produção de hormônio tireoidiano, como o tapazol ® (metilmazol) ou propiltiouracil), geralmente é o tratamento de primeira escolha.
Já aqueles pacientes que apresentam função tireoidiana normal devem ser reavaliados a cada 6 a 12 meses, pois possuem um risco maior para alteração da função tireoidiana e o desenvolvimento de doenças autoimune.
Mulheres com Anti-TPO elevado associado a hipotireoidismo não controlado apresentam taxas maiores de abortamento, natimortos, prematuridade, pré-eclâmpsia, anemia e anomalias congênitas.
As taxas de abortamento são maiores em mulheres que apresentam hipotireoidismo pré-gestacional.
A presença de anti-TPO dobra o risco de perdas fetais precoces e estima-se que 6% dos abortamentos são associados à autoimunidade tireoidiana.
Por fim, a presença de TSH elevado também se correlaciona a perdas fetais, chegando a oito vezes quando TSH é superior a 10 mUI/L.
Portanto, mulheres com exame de Anti-TPO elevado com pretensão de gestar devem ser avaliadas pelo endocrinologista antes de conceber para verificarmos a necessidade de tratamento antes e durante a gestação.
Também será necessário avaliar a sua função tireoidiana a cada 4 semanas durante o primeiro trimestre e uma vez durante o segundo e terceiro trimestre da gestação.
Além disso, depois do parto, a função tireoidiana deve ser reavaliada em 3 e 6 meses devido ao maior risco para o desenvolvimento de tireoidite pós-parto.
Pacientes com Anti-TPO alto associado a doença autoimune da tireoide devem adotar um estilo de vida saudável.
Isso inclui o controle adequado do peso, evitar tabagismo, prática regular de atividade física, controle do nível de estresse, além de evitar suplementação com iodo para prevenir a piora na função tireoidiana.
Porém, é preciso ressaltar que restrições dietéticas, como a exclusão de glúten e lactose, não são respaldadas por evidências científicas sólidas e não são recomendadas pelas sociedades médicas internacionais que estudam sobre doenças da tireoide.
A presença de Anti-TPO baixo é indicativa de normalidade no exame.
O Anti-TPO é classificado como alto quando está acima do valor de referência (que depende do ensaio laboratorial usado na análise), sugerindo a presença de doença autoimune da tireoide.
Quando a dosagem do Anti-TPO está baixa, isso significa que o exame está normal.
No entanto, é importante ressaltar que a presença de Anti-TPO baixo não exclui a possibilidade de doença autoimune da tireoide, pois em alguns casos, o anticorpo pode ser negativo.
Nestas situações, o diagnóstico pode ser confirmado por outros exames, como Anti-Tg, TRAB ou
ultrassonografia da tireoide com Doppler.
Concluindo, o exame de Anticorpo Anti Tireoperoxidase (Anti-TPO) é vital para a identificação e acompanhamento de doenças autoimunes da tireoide, como a tireoidite de Hashimoto ou doença de Graves.
Assim, se você apresenta sintomas ou recebeu um resultado de Anti-TPO elevado, é importante buscar orientação médica.
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Renato F. Faustino, via Google
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Bom, eu desde criança possuo um problema com a minha tireoide, tive péssimas experiências anteriores com outros médicos por consulta presencial e nenhum deles cogitou a possibilidade de ter alho a mais que fosse investigado que fosse associado as minhas alterações na glândula da tireoide, sempre suspeitei que havia alguma explicação e que nenhum médico que consultei fez...
André Rezende, via Google
A minha experiência com o Dr. Eduardo foi excelente, a melhor possível! Eu e a minha esposa, após alguns exames de rotina, precisamos de um endocrinologista para uma consulta. Após uma pesquisa aprofundada, optei por passar em consulta com o Dr. Eduardo, pois acreditava que ele tinha exatamente as qualidades que procurávamos...
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