TSH (Hormônio tireoestimulante) alto: você pode estar com hipotireoidismo

27 de fevereiro de 2024

Qual a relação entre TSH alto e hipotireoidismo?

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O TSH, ou hormônio tireoestimulante, é uma peça chave no funcionamento saudável da tireoide.


Dessa forma, variações em seus níveis podem indicar diversas condições de saúde.


Este artigo busca esclarecer dúvidas comuns sobre o TSH e suas implicações no hipotireoidismo.


O que é o TSH?


O TSH é um hormônio produzido pela hipófise, uma glândula localizada na base do crânio.


Sua função principal é regular a produção dos hormônios tireoidianos T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), essenciais para diversas funções metabólicas do corpo. 


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O TSH é frequentemente o primeiro marcador a indicar alterações na função tireoidiana, estando alterado precocemente tanto de hipotireoidismo quanto de hipertireoidismo.



Esta característica faz do TSH um indicador fundamental no diagnóstico e monitoramento das condições relacionadas à tireoide.




O que esse hormônio revela?


Os níveis deste hormônio no sangue ajudam a avaliar o funcionamento da tireoide.



Um desequilíbrio nos níveis de TSH pode indicar hipotireoidismo (TSH alto) ou hipertireoidismo (TSH baixo). 


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Quando devo fazer o exame hormonal?


O exame de TSH é recomendado em casos de sintomas de disfunção tireoidiana, para acompanhamento de tratamentos da tireoide, ou como parte de um check-up de rotina.


As principais indicações de alterações em sua dosagem são:


Paciente com sintomas ou sinais de hipotireoidismo :



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  • Fadiga;
  • Intolerância ao frio;
  • Constipação;
  • Memória prejudicada;
  • Depressão;
  • Fraqueza muscular;
  • Cãibras musculares;
  • Alterações menstruais;
  • Infertilidade;
  • Bradicardia;
  • Hipertensão arterial;
  • Rouquidão;
  • Edema periorbitário;
  • Retenção de líquido;
  • Ganho de peso;
  • Elevação do colesterol;
  • Hiponatremia (Sódio baixo);
  • Hiperprolactinemia
  • Aumento da homocisteína;
  • Anemia;
  • Elevação da creatinofosfoquinase (CPK).


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Indivíduos com sintomas ou sinais de hipertireoidismo:



  • Ansiedade;
  • irritabilidade;
  • Insônia;
  • Fraqueza muscular;
  • Tremores; 
  • Proptose ocular (exoftalmia);
  • Sudorese excessiva;
  • Intolerância ao calor;
  • Taquicardia;
  • Batimentos cardíacos irregulares;
  • Fadiga;
  • Perda de peso apesar de um apetite normal ou aumentado;
  • Aumento do número de evacuações ;
  • TRAB (anticorpo anti-receptor de TSH) elevado;
  • Osteoporose;
  • Hipercalcemia (Cálcio alto);
  • Insuficiência cardíaca.




Paciente com risco maior para hipotireoidismo ou hipertireoidismo:


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  • Presença de anticorpos tireoidianos elevados (Anti-TPO, TRAB  e anti-tireoglobulina;
  • Aumento do volume da tireoide (Bócio);


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Qual a diferença do TSH, T3 e T4?


O TSH, produzido pela hipófise, é o regulador da tireoide, estimulando a produção de T3 e T4 conforme as necessidades do corpo.

Já o T3 e o T4, sintetizados pela tireoide, são essenciais no controle metabólico.


Enquanto o TSH ajusta a atividade tireoidiana, o T3 e o T4 agem diretamente nas funções corporais, como o metabolismo energético.


Qual é o nível de TSH normal?


Os níveis normais de TSH sérico geralmente se situam entre 0,5 e 5,0 mIU/L. Contudo, é essencial reconhecer que esses valores podem variar com a idade.


Por exemplo, em pacientes mais idosos (≥70 anos), é comum observar concentrações mais elevadas desse hormônio, podendo o limite superior normal atingir aproximadamente 7,5 mIU/L em indivíduos com 80 anos.

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Além disso, a individualização dos valores de TSH é fundamental, levando em conta o método laboratorial empregado e a condição clínica específica do paciente.

Dessa forma, em situações particulares, como no tratamento de câncer de tireoide, manter níveis mais baixos desse hormônio pode ser estratégico para minimizar o risco de recorrência da doença.


Ademais, para populações especiais, como gestantes e idosos, os parâmetros de normalidade do TSH também requerem ajustes.


Isso se deve às variações fisiológicas e às necessidades metabólicas específicas desses grupos.


Portanto, a interpretação dos níveis de TSH deve sempre considerar o contexto clínico e as características individuais do paciente.


Dentre essas opções, a tirzepatida (Zepbound® Mounjaro®) destaca-se como a mais eficaz, demonstrando uma perda de peso média significativa: 20,9% na dose de 15mg, 19,5% na dose de 10mg e 15% na dose de 5mg, todas administradas semanalmente. Em comparação, a semaglutida, na sua dose máxima semanal de 2,4mg, apresentou uma perda de peso média de 14,9%. Por outro lado, a liraglutida, na sua dose diária máxima de 3mg, mostrou uma redução média de peso de 8%.



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Quantas horas de jejum para fazer o exame hormonal?



Para realizar o exame de TSH, é recomendável seguir as instruções médicas quanto ao jejum.


Geralmente, aconselha-se um jejum alimentar de aproximadamente 4 horas antes da coleta do sangue. 


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Pacientes que estão em tratamento com hormônio tireoidiano, como levotiroxina (Exemplo: Euthyrox®, Puran T4®, Levoid® ou Synthroid®), devem idealmente fazer a coleta do exame antes da próxima dose programada do medicamento.


Isso garante que os resultados reflitam adequadamente os níveis basais do hormônio.


Além disso, também é importante a interrupção do uso de biotina ou complexos vitamínicos contendo biotina por um período de 72 horas antes do exame.


Isso porque, a biotina, frequentemente encontrada em suplementos para cabelos e unhas, pode interferir nos resultados do teste, levando a leituras imprecisas.


Seguindo estas recomendações, assegura-se uma avaliação mais fidedigna dos níveis de TSH.


O que significa quando o TSH está alto?



Níveis altos de TSH geralmente indicam uma produção insuficiente de hormônios pela tireoide, sugerindo hipotireoidismo .



O que significa TSH alto e T3 e T4 normal?


Um TSH elevado em conjunto com níveis normais de T3 e T4 frequentemente aponta para um hipotireoidismo subclínico.


Nesta fase inicial, existe uma leve disfunção na tireoide, mas sem afetar de forma significativa os níveis dos hormônios T3 e T4.


Essencialmente, a tireoide ainda consegue sintetizar esses hormônios em quantidades adequadas, porém, para isso, necessita de um estímulo mais intenso do TSH.


O que significa o TSH alto e o T4 ou T3 baixos?



Essa situação é um sinal clássico de hipotireoidismo, caracterizado pela produção insuficiente de hormônios tireoidianos.



O que provoca o aumento do TSH?


O aumento do TSH pode ser desencadeado por várias condições, incluindo:



  • Tireoidite de Hashimoto;
  • Tratamento com radioiodo;
  • Radioterapia no pescoço;
  • Deficiência ou excesso de iodo;
  • Medicamentos específicos: Incluem Metimazol (Tapazol®), propiltiouracila (Propiltiouracil®), lítio (Carbolitium®), amiodarona(Ancoron®), interferon alfa, inibidores de tirosina-quinase e imunoterapias como Pembrolizumabe e Nivolumab.
  • Doenças infiltrativas da tireoide (tireoidite fibrosa, hemocromatose, sarcoidose);
  • Hipotireoidismo transitório;
  • Tireoidite indolor (Silenciosa, linfocítica);
  • Tireoidite subaguda (Tireoidite de De Quervain);
  • Tireoidite pós-parto;
  • Tireoidectomia;
  • Condições Congênitas: como agenesia, disgenesia ou defeitos na síntese hormonal;
  • Pós-tratamento com radioiodo para Doença de Graves;
  • Síndrome de resistência ao hormônio tireoidiano.



Quando o TSH é preocupante?


Níveis elevados de TSH podem ser motivo de preocupação, especialmente devido à sua associação com riscos aumentados de complicações cardiovasculares, como doenças coronarianas e insuficiência cardíaca.


A atenção torna-se particularmente importante quando os níveis desse hormônio ultrapassam 10 mU/L.


Para pacientes com TSH acima de 10 mU/L, é aconselhável iniciar o tratamento de maneira pronta, devido ao risco elevado de complicações relacionadas.


Da mesma forma, gestantes com níveis elevados desse hormônio requerem atenção especial e tratamento imediato, dada a importância da regulação hormonal tanto para a saúde da mãe quanto para o desenvolvimento fetal.


Nessas situações, o acompanhamento médico cuidadoso e o tratamento adequado são essenciais para prevenir potenciais problemas de saúde.


TSH alto pode ser câncer?


É importante destacar que um TSH elevado geralmente não é um indicativo de câncer de tireoide.


Na realidade, a maioria dos pacientes diagnosticados com câncer de tireoide mantém níveis desse hormônio dentro dos parâmetros normais. 


O aumento do TSH está tipicamente associado a condições de hipotireoidismo, e não é um marcador específico para câncer de tireoide.


TSH alto: quais são os sintomas?



Quando o TSH está alto, os sintomas comuns são os do hipotireoidismo, incluindo:


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  • Fadiga;
  • Ganho de peso;
  • Pele seca;
  • Sonolência;
  • Humor deprimido;
  • Lentificação;
  • Dores musculares;
  • Retenção de líquido;
  • Constipação;
  • Sensibilidade ao frio.



Qual o tratamento para TSH elevado? O que tomar quando o TSH está alto?


A levotiroxina, encontrada em medicamentos como Euthyrox®, Puran T4®, Levoid®, ou Synthroid®, geralmente é a hormônio de escolha para pacientes com TSH elevado que necessitam de tratamento.


Porém, a quantidade administrada varia conforme a condição individual do paciente e é ajustada com base em acompanhamento médico contínuo.

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Quanto tempo demora para baixar o nível desse hormônio?


Pacientes com TSH elevado em tratamento com hormônio tireoidiano costumam observar uma melhora nos sintomas em cerca de duas semanas.


Entretanto, para uma recuperação completa, especialmente em casos de hipotireoidismo grave, pode ser necessário um período mais longo, que varia de alguns meses. 


Geralmente, após 4 a 6 semanas de tratamento, espera-se uma redução nos níveis de TSH.


Assim, é recomendável realizar uma nova dosagem do TSH para avaliar a eficácia do tratamento e fazer ajustes na medicação, se necessário.


Caso você esteja com incômodos ou sintomas que citamos, é essencial agendar uma consulta com Endocrinologista. 


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